Categoria: Economia

  • CNI estima que investimento em infraestrutura vai crescer 4,2% em 2025

    CNI estima que investimento em infraestrutura vai crescer 4,2% em 2025

    Os investimentos em infraestrutura no país devem chegar a R$ 277,9 bilhões este ano, segundo estimativa divulgada na sexta-feira (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Caso se confirme, o valor será 4,2% superior ao observado no ano passado, de acordo com a CNI.

    A proporção dos investimentos em infraestrutura em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), no entanto, deve ser reduzida dos 2,27% observados em 2024 para 2,21% projetados para este ano.
    O analista da CNI Ramon Cunha explica que o Brasil historicamente investe pouco em infraestrutura. “Em algumas atividades, o país investe menos do que o necessário para suprir a própria depreciação desses ativos. Isso se reflete, na prática, em estradas com conservação inadequada, instabilidade em termos de fornecimento de energia e serviços de telecomunicações, e, ainda, em precariedade no abastecimento de água e no tratamento de esgoto”.
    Segundo a CNI, os setores onde são esperados mais crescimentos no investimento, neste ano, são saneamento básico e transportes.
    A confederação também estima que 72,2% dos investimentos virão da iniciativa privada, mantendo a tendência observada desde 2019, quando o capital privado responde por mais de 70% desses aportes.
    Para a CNI, apesar dos avanços observados nos últimos anos, a infraestrutura nacional ainda precisa superar deficiências, a fim de dar condições ao país para concorrer internacionalmente. Entre as principais dificuldades apontadas pela confederação estão entraves regulatórios, demora no processo de licenciamento ambiental e investimentos insuficientes.
    Recomendações
    O estudo da CNI enumerou oito pilares que seriam considerados essenciais para a modernização da infraestrutura brasileira, entre eles tornar o investimento em infraestrutura uma política de Estado e garantir sua melhor governança; e ampliar de forma responsável e com racionalidade econômica os investimentos públicos, direcionando-os para projetos de maior retorno para a sociedade.
    Também são recomendações da CNI que o governo seja rigoroso nos critérios de escolha de investimentos públicos e parcerias público-privadas, que haja maior segurança jurídica para os investimentos privados, que seja aprimorada a regulação do setor de infraestrutura, e que seja ampliada a participação dos mercados de capitais no financiamento de projetos de infraestrutura.
    Outros pontos considerados importantes são o fortalecimento o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como estruturador de projetos sustentáveis de infraestrutura e o apoio à expansão gradual dos investimentos em infraestrutura até que seja atingido o patamar de ao menos 4% do PIB.

  • Comércio tem queda de 0,4% em abril, depois de três altas

    Comércio tem queda de 0,4% em abril, depois de três altas

    O volume de vendas do comércio varejista apresentou queda de 0,4% em abril deste ano, na comparação com o mês anterior. O resultado veio depois de três altas consecutivas, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Apesar disso, o setor apresentou altas de 0,3% no trimestre encerrado em abril, 4,8% na comparação com abril de 2024, 2,1% no acumulado do ano e 3,4% no acumulado de 12 meses.

    A queda de 0,4% de março para abril foi puxada por quatro atividades: combustíveis e lubrificantes (-1,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%).

    Por outro lado, quatro atividades apresentaram alta no período: livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%), tecidos, vestuário e calçados (0,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%).

    A receita nominal do comércio varejista variou 0,1% de março para abril, 11,5% na comparação com abril de 2024, 8,2% no acumulado do ano e 8,7% no acumulado de 12 meses.

    Varejo ampliado
    O varejo ampliado, que inclui também as vendas de veículos e peças e de materiais de construção, recuou de forma ainda mais intensa do que o varejo de março para abril em seu volume de vendas (-1,9%). Houve quedas de 2,2% na atividade de veículos e motos, partes e peças e de 0,4% nos materiais de construção.

  • Firjan SENAI oferece 360 vagas gratuitas em cursos técnicos em Niterói e São Gonçalo

    Firjan SENAI oferece 360 vagas gratuitas em cursos técnicos em Niterói e São Gonçalo

     Com o compromisso de proporcionar acesso à educação de qualidade, a Firjan SENAI oferece 360 vagas gratuitas para cursos técnicos, pelo Leste Fluminense. As oportunidades estão distribuídas pelas unidades de São Gonçalo (200) e Niterói (160). As inscrições, também gratuitas, devem ser feitas exclusivamente de forma presencial até 28 de junho. No entanto, elas poderão ser encerradas automaticamente quando o número de inscritos atingir o limite de vagas oferecidas.
    Para São Gonçalo estão abertas as inscrições para os cursos de Automação Industrial, Desenvolvimento de Sistemas, Logística, Planejamento e Controle da Produção – PCP e Redes de Computadores. Os interessados devem se inscrever na unidade Firjan SENAI São Gonçalo, na Rua Dr. Nilo Peçanha, 134, Centro.
    Para Niterói, as oportunidades são para Técnico em Automação Industrial, Técnico em Eletrotécnica e Técnico em Mecânica. Os interessados devem se inscrever na unidade Firjan SENAI Niterói, na Rua General Castrioto, 460, Barreto.
    Todos os cursos contam com 80% da carga horária realizada em aulas e atividades presenciais, e 20% autoestudo – ou seja, serão quatro dias da semana na unidade Firjan SENAI e um dia para o aluno desenvolver atividades individuais, indicadas pelo instrutor ou estudos realizados em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Por isso, é fundamental que o candidato tenha acesso a um computador com conexão à internet.
    Outras informações poderão ser obtidas diretamente na unidade Firjan SENAI mais próxima.

  • Inflação oficial recua para 0,26% em maio deste ano, diz IBGE

    Inflação oficial recua para 0,26% em maio deste ano, diz IBGE

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,26% em maio deste ano. A taxa é inferior às observadas em abril deste ano (0,43%) e em maio do ano passado (0,46%).

    Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial acumula taxas de 2,75% no ano e de 5,32% em 12 meses.

    O grupo de despesas habitação apresentou o maior impacto na taxa de inflação do mês, com uma alta de preços de 1,19%, influenciada principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial (3,62%).

    “Além do reajuste em algumas áreas pesquisadas, e aumento nas alíquotas de PIS/COFINS, esteve vigente no mês de maio a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumido”, afirmou o pesquisador do IBGE Fernando Gonçalves.

    Também houve aumento nos custos do gás encanado (0,25%) e da taxa de água e esgoto (0,77%).

    Por outro lado, a deflação (queda de preços) de 0,37% nos transportes e a perda de ritmo da inflação da alimentação (que passou de 0,82% em abril para 0,17% em maio) colaboraram para o recuo da inflação oficial no mês.

    Nos transportes (que tiveram deflação de 0,38% em abril), houve queda de preços de passagens aéreas (-11,31%), gasolina (-0,66%), óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%) e gás veicular (-0,83%).

    Já no grupo alimentação, os principais responsáveis pelo recuo da taxa de inflação foram as quedas de preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%).

    Entre os demais grupos de despesas, houve deflação nos artigos de residência (-0,27%) e quedas na taxa de inflação nos grupos vestuário (que passou de 1,02% em abril para 0,41% em maio), saúde e cuidados pessoais (de 1,18% para 0,54%), despesas pessoais (de 0,54% para 0,35%) e comunicação (de 0,69% para 0,07%). Educação manteve a taxa de 0,05% de abril para maio.

    IBGE

  • Caixa está fazendo R$ 1 bi em crédito consignado por mês

    Caixa está fazendo R$ 1 bi em crédito consignado por mês

    O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, disse que o banco público está fazendo R$ 1 bilhão em crédito consignado por mês, após ficar quatro anos sem crescer a base. O saldo da carteira de consignado da Caixa foi de R$ 106,3 bilhões ao final de março, o que representa 75,3% da carteira comercial para pessoa física. Com relação às contratações no segmento PF, elas somaram R$ 71,7 bilhões, aumentos de 14,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2024.

    Vieira ressaltou que o primeiro trimestre foi bem desafiador para os bancos, incluindo pela necessidade de ajustes a uma nova resolução do Banco Central, a 4.966, que entrou em vigor este ano e muda a forma como os bancos calculam e provisionam as perdas com crédito. “Mas foi de bons resultados”, afirmou o executivo, ao apresentar os resultados da Caixa na sede do banco em São Paulo.
    O banco público teve lucro líquido contábil de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 133,9% em comparação ao mesmo período de 2024. Vieira ressaltou que há cerca de cinco anos, esse seria o lucro anual da Caixa e agora é de apenas um trimestre. A alta do lucro foi influenciada, entre outros fatores, pela oferta de ações da Caixa Seguridade, que movimentou R$ 1,2 bilhão, dinheiro que foi todo para o banco. Por isso, a Caixa divulgou também o lucro líquido recorrente, excluindo esses fatores extraordinários, que ficou em R$ 4,9 bilhões, aumento de 71,5% em 12 meses. No Pix, Vieira ressaltou que a Caixa responde por cerca de 20% da movimentação diária dessa forma de pagamento.

  • Petrobras reduz preço da gasolina A para as distribuidoras

    Petrobras reduz preço da gasolina A para as distribuidoras

    Os preços de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras terão uma redução de 5,6%, a partir desta terça-feira (3). Segundo a empresa, o preço médio deste tipo de venda passará a ser de R$ 2,85 por litro, o que representa um recuo de R$ 0,17 por litro.

    “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08 /litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C”, explicou a Petrobras em nota divulgada nesta segunda-feira (2), no Rio de Janeiro.

    Incluindo a redução de amanhã, desde dezembro de 2022 a Petrobras recuou os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 / litro, ou seja, uma queda de 7,3%. “Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60 / litro ou 17,5%”, informou.

  • PIB cresce 1,4% no 1º trimestre em relação ao 4º trimestre de 2024

    PIB cresce 1,4% no 1º trimestre em relação ao 4º trimestre de 2024

    O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, apresentou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao quatro trimestre do ano passado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em valores correntes, o PIB somou R$ 3 trilhões no trimestre.

    Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB teve alta de 2,9%. Já no acumulado de 12 meses, a economia brasileira cresceu 3,5%.

    O crescimento do quatro trimestre de 2024 para o primeiro trimestre deste ano foi puxado pela agropecuária, com alta de 12,2%. Os serviços cresceram 0,3%. A indústria teve variação negativa (-0,1%).

  • Com saldo de 756 empregos em abril, Campos lidera geração de empregos na região

    Com saldo de 756 empregos em abril, Campos lidera geração de empregos na região

    Campos foi a cidade do Norte Fluminense que mais abriu postos de trabalho com carteira assinada em abril de 2025. Foram gerados 756 empregos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. As micro e pequenas empresas puxaram a alta, respondendo pela abertura de 359 vagas de emprego, seguidas das microempresas (146 vagas), empresas de pequeno porte (139 vagas) e empresas de grande porte (112 vagas).
    “Os dados do Caged de abril mostram que Campos está crescendo e gerando empregos. Mais uma vez tivemos saldo positivo na criação de vagas com carteira assinada, o que reforça que nosso trabalho tem feito a diferença na vida das pessoas. Desde que assumimos a Prefeitura, colocamos como prioridade a retomada econômica do nosso município, e, com planejamento, responsabilidade e parcerias, conseguimos reaquecer setores importantes da nossa economia e abrir novas oportunidades”, comemorou o prefeito Wladimir Garotinho.
    “Os números de abril indicam a firme retomada da empregabilidade na cidade. Por ser um polo regional, Campos aproveita positivamente o incremento da massa ampliada de salários, a que somamos os rendimentos do trabalho e ganhos da aposentadoria”, analisa o diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ranulfo Vidigal.
    Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mauro Silva, os números positivos de Campos no Caged em abril de 2025 são resultado de um conjunto de ações estratégicas que vêm sendo implementadas com responsabilidade e visão de futuro. Ele destaca o empenho e a liderança do prefeito Wladimir Garotinho, que tem se dedicado intensamente à atração de novos negócios para Campos, ampliando as oportunidades de trabalho para a população.
    “A realização de obras públicas tem gerado empregos diretos e movimentado diversos setores da economia local. Além disso, temos avançado na desburocratização dos processos para a abertura de empresas, o que estimula o empreendedorismo e facilita a vida de quem quer investir no município. Esses resultados mostram que estamos no caminho certo para o desenvolvimento sustentável da cidade”, afirmou Mauro Silva.
    A análise vai ao encontro dos números recentes do Índice de Dinâmica Econômica Local (Indel). Calculado pelo Núcleo de Pesquisa Econômica do Estado do Rio de Janeiro (Nuperj), vinculado à Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), sua metodologia indica a capacidade do sistema econômico local de fixar internamente as receitas geradas, a partir de variáveis como investimento público, ICMS, movimentação bancária, emprego e renda no comércio e parcela não vulnerável da força de trabalho. Campos é uma das cidades com melhor índice no Norte Fluminense.

  • Mercado eleva previsão para expansão da economia em 2025

    Mercado eleva previsão para expansão da economia em 2025

    A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2025 foi elevada de 1,97% para 1,98%, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14), em Brasília. A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

    Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – também subiu – de 1,6% para 1,61%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.

    Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

    A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,90 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,97.

    Inflação
    A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para 2025 foi mantida em 5,65% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção da inflação ficou em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,79%, respectivamente.

    A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

    Em março, a inflação fechou em 0,56%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos.

    Apesar dessa pressão, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – perdeu força em relação a fevereiro, quando marcou 1,31%. No acumulado em 12 meses, o IPCA soma 5,48%.

    Juros básicos
    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao ano.

    A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em um ponto percentual na última reunião, em março, o quinto aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.

    Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação na expansão. Segundo o BC, a inflação cheia e os núcleos – medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia – continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços permaneça alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.

    Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em um ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

    Até dezembro próximo, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

  • China, UE e Argentina suspendem compras de carne de frango do Brasil

    China, UE e Argentina suspendem compras de carne de frango do Brasil

    A China, a União Europeia (UE) e a Argentina suspenderam, nesta sexta-feira (16), as importações da carne de frango brasileira, inicialmente por 60 dias. A medida foi tomada após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar a detecção de um caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais localizado no município de Montenegro (RS).

    Apesar do foco regionalizado, as restrições da China e do bloco europeu abrangem todo o território nacional, por conta das exigências nos acordos comerciais de ambos com o Brasil.

    A China é o maior comprador da carne de frango brasileira, com embarques de 562,2 mil toneladas em 2024, cerca de 10,8% do total. Já a União Europeia é o sétimo principal destino das exportações nacionais, com mais de 231,8 mil toneladas comercializadas no ano passado, que representou 4,49% do total. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

    No caso da Argentina, cujo volume de importação de carne de frango do Brasil não está entre os maiores, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) do país vizinho decidiu suspender preventivamente as importações de produtos e subprodutos brasileiros de origem avícola que dependem da comprovação de que o país está livre da gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP).

    Além disso, o governo argentino afirmou que está tomando medidas de biossegurança e vigilância sanitária de estabelecimentos avícolas para reduzir o risco de ingresso. O foco da gripe aviária ocorreu a cerca de 620 quilômetros (km) da fronteira entre os dois países.  

    Em nota, o Mapa disse que vai seguir o que está previsto nos acordos comerciais vigentes. “Reafirmando o compromisso de transparência e de responsabilidade com a qualidade e sanidade dos produtos exportados pelo Brasil, as restrições de exportação seguirão fielmente os acordos sanitários realizados com nossos parceiros comerciais”, informou.

    Restrição regionalizada

    A pasta destacou que tem trabalhado para que as negociações de acordos sanitários internacionais com os países parceiros reconheçam o princípio de regionalização, preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), restringindo a exportação aos 10 quilômetros de raio do foco. No entanto, a própria pasta pondera que os países costumam adotar diferentes critérios de regionalização, que podem variar entre restrições locais ou regionais.

    Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas, por exemplo, já aprovaram a regionalização para IAAP, o que deve evitar um impacto muito generalizado nas exportações. Depois da China, esses cinco países são os maiores compradores da carne de frango brasileira, respondendo, juntos, por 35,4% do total exportado em 2024, segundo ABPA.

    Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil vendeu 5,2 milhões de toneladas do produto, em diferentes formatos, para 151 países, auferindo receitas de US$ 9,9 bilhões. Mais de 35,3% de toda a carne de frango produzida no Brasil é destinada ao mercado externo. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul concentram 78% dessas exportações.

    No ano passado, um foco da doença de Newcastle (DNC), que atinge aves silvestres e comerciais, também foi identificado no Rio Grande do Sul e, após as medidas sanitárias adotadas, o próprio Ministério da Agricultura e Pecuária comunicou à Organização Mundial de Saúde Animal sobre o fim da doença, cerca de 10 dias depois.

    Sem risco

    Mais cedo, o Mapa já havia enfatizado que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos.

    “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, garantiu a pasta.